Nos próximos vinte anos, a demanda crescente por energia e as conseqüências do aumento do consumo serão grandes desafios. Lidar com eles de forma adequada é essencial para evitar uma crise no abastecimento global. Hoje, porém, os principais riscos não estão no subsolo, mas na superfície. A maior ameaça é a volta do uso da energia como arma política em nome do nacionalismo. É o que chamamos de nacionalismo energético. Esse tipo de atitude desencadeou o embargo promovido pelos países árabes em 1973 e culminou na primeira crise do petróleo da segunda metade do século passado. Hoje, o governo russo controla quase toda a energia de seu país e a Europa é totalmente dependente do gás russo. Na América Latina, Venezuela e Bolívia nacionalizaram o petróleo e o gás. O Irã, o segundo maior produtor de petróleo do Oriente Médio, usa suas reservas para proteger seus interesses políticos. A energia virou uma fonte de tensão entre os países como fazia muito tempo não se via. Essa politização, aliada aos altos preços do gás e do petróleo, deixa o sistema altamente vulnerável. Isso é muito perigoso. Os países exportadores de petróleo e gás ficam em posição privilegiada. “O Brasil precisa acelerar a exploração do pré-sal”; diz ANP, Uso de fontes alternativas de energia pode ser acelerado e o petróleo pode perder valor no futuro próximo.
Em entrevista ao jornal O Globo, nesta segunda-feira, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, alertou que o Brasil deve acelerar os projetos de exploração de petróleo no pré-sal e também no pós-sal, “para evitar que a gente fique com um mico”. De acordo com Lima, por conta do vazamento da BP, o uso de fontes alternativas de energia pode ser acelerado e o petróleo pode perder valor no futuro próximo. O diretor acredita que os Estados Unidos vão investir fortemente em combustíveis alternativos, para não se tornarem mais dependentes da importação do petróleo, principalmente do Oriente Médio, em função da suspensão da exploração na costa leste americana. A conseqüência, segundo Lima, é que isso pode “tornar mais dispensável o petróleo que temos aqui”, disse. “Temos que nos adiantar”. Lima afirmou que a ANP, o IBAMA e a Marinha estão estudando a criação de um Plano Nacional de Contingência nas atividades exploratórias de petróleo no mar para conter possíveis acidentes. O diretor afirmou que, atualmente, só a Petrobras tem plano de contingência.
Uma meta para o futuro
Na maioria dos países do mundo, o modelo energético, é baseado no consumo de combustíveis fósseis, ou seja, petróleo, gás natural e carvão. O principal problema deste modelo, é que os recursos não são renováveis, além de ocasionarem muitos danos ao meio ambiente, como a poluição atmosférica, causadora do efeito estufa. A dependência de consumo de combustíveis fósseis para a produção de energia certamente afeta a vida na terra e compromete a qualidade ambiental, e continuará sendo desse jeito. Sendo assim, é necessário que o trabalho científico e tecnológico do mundo atual sejam dirigidos para produzir outros tipos de energia (que sejam menos poluidoras e que causem menos impactos ambientais, diferente do petróleo), as chamadas energias alternativas. Brasil (diferentemente da maioria dos países), a produção de energia é feita principalmente através de hidrelétricas, ou seja, de energia hidráulica, pois o país dispõe de grandes bacias hidrográficas. A energia produzida através de hidrelétricas é considerada limpa e renovável, ao contrário daquelas derivadas dos combustíveis de petróleo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário